Reserve um banquinho ou um estribo ou uma escadinha, que seja, para subir na nova Ram 2500. Mesmo se tiver uma boa flexibilidade, alongue bastante as pernas. O mais recente lançamento no Brasil da divisão de picapes do grupo Chrysler (antes era Dodge, mas agora a marca ficou limitada a carros esportivos) é grande, muito grande. Uma caminhonete que pesa 3.279 kg (em ordem de marcha) ou peso bruto total de 4.354 kg e exige, por isso, a habilitação na categoria "C". Apesar da proporção de caminhão, a Chrysler quer que o modelo concorra com as versões topo de linha das picapes médias vendidas no Brasil, por oferecer preço competitivo e estar isolada em uma categoria não muito popular no Brasil, a de picapes grandes.
Produzida no México, a picape 4X4 tem preço sugerido para os estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul é de R$ 149.900. Já para as regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste e o estado do Espírito Santo o valor é um pouco menor por causa do frete, R$ 146.899. Preço não muito distante de versões topo de linha como a da Volkswagen Amarok, Chevrolet S10, Toyota Hilux ou mesmo Nissan Frontier. A versão2500 Laramie é a única disponível para a volta da picape ao Brasil.
A vantagem que a Ram 2500 traz diante das outras picapes são o poderoso motor e o nível do acabamento interno. Tão luxuoso que a própria Chrysler descreve como o “habitáculo de um sedã”. O motor a diesel é o potente Cummins 6.7 seis cilindros em linha com 24 válvulas de refrigeração a água, com turbocompressor e intercooler.
A turbina é de geometria variável, o que significa 95% de torque a 1.500 rpm. Com este motor, a nova Ram 2500 perde potência, passou de 350 cv para 310 cv a 3.000 rpm, mas ganha torque – o que realmente importa para este tipo de veículo — e fica com 84,6 mkgf a 1.500 rpm. Com essa relação, a Chrysler diz que o modelo faz em ciclo misto 9 km/l. A transmissão é automática de seis velocidades fornecida pela ZF.
“Este é um modelo para quem é picapeiro de verdade. É para aquela pessoa que viaja muito e já usa veículos deste segmento, como fazendeiros”, explica o supervisor de produto da Chrysler, Emílio Paganoni. Segundo ele, as vendas dos modelos devem se concentrar em cidades do Centro-Oeste, Sul e Sudeste, como Ribeirão Preto, Uberlândia e Londrina.
Perfil que inclui pessoas que gostam de viajar de trailers. A Ram 2500 tem capacidade de carga para rebocar mais de 5.500 kg, quando equipada com o kit de engate e reboque da Mopar (do grupo Chrysler) específico para este tipo de carga. Além de todos os apetrechos necessários para a brincadeira, ela possui um exclusivo sistema de freio motor integrado “Diesel-exhaust-brake”. Essa função reduz as perdas na eficiência do freio, aumentando a confiança e a segurança durante o transporte de cargas pesadas em declives acentuados. A potência de frenagem é de 225 cavalos.
Além disso, ela vem com controle eletrônico de estabilidade (ESC), freios ABS nas quatro rodas com distribuição da força de frenagem e seis airbags. Vem ainda com um monitorador da pressão dos pneus, que calcula se a calibração está adequada à carga colocada na caçamba, de capacidade para 1.628 litros.
Pé no aceleradorComo se trata de um veículo pesado, o G1 pôde testar a Ram 2500 em circuito fechado organizado pela montadora no autódromo de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro. Ao “montar” na caminhonete, a sensação é sim de estar em um luxuoso sedã. O acabamento é impecável e há muito espaço, para todos os seis passageiros que o veículo comporta, especialmente, os que vão no banco de trás, que tem espaço de sobra para acomodar as pernas — a 2500 está 9,2 cm maior atrás.
Totalmente renovado, há revestimento de couro por toda parte, detalhes cromados nas saídas de ar e aplique imitando madeira no centro do painel. Fora isso, ela vem com ar-condicionado automático de duas zonas, Uconnect Bluetooth, aquecimento dos bancos dianteiros e volante, memória para os ajustes elétricos dos bancos dianteiros e um sistema de entretenimento.
Com tela de cristal líquido sensível ao toque, o sistema MyGIG reproduz CD, DVD, arquivos MP3 e conta com um disco rígido para armazenar 30 GB. Da marca Alpine, o som é formado por nove alto-falantes e um subwoofer. Além disso, a nova Ram 2500 tem controle eletrônico de velocidade de cruzeiro, entradas auxiliar e USB, faróis com sensor crepuscular, sensores traseiros de estacionamento e vidro traseiro (que separa a cabine da caçamba) com acionamento elétrico.
Tirar a caminhonete do chão não é algo fácil, mas o motor consegue fazer isso muito bem e, o mais importante, a reposta à frenagem é muito boa. Para um veículo dessas proporções, as curvas são feitas de maneira segura – o sistema de estabilidade ajuda —, assim, mesmo que o condutor sinta em certas situações que a caçamba puxa, a caminhonete em nenhum momento passa insegurança.
Para o motorista, visibilidade e posicionamento do assento formam um bom conjunto. Apesar do tamanho, as manobras podem ser feitas sem contorcionismo para enxergar objetos e faixas no chão, porque a noção de espaço não é perdida.
A aceleração é feita de forma linear, sem trancos nas mudanças de marcha. Para ajudar, quando o veículo está com carga é possível acionar o sistema Tow Haul, que muda o parâmetro da transmissão para evitar trocas de marchas excessivas. De acordo com a Chrysler, o mote da nova geração do modelo é redução de ruídos, vibrações e asperezas, meta alcançada e que garante o conforto de um veículo topo de linha.
Onde estacionar?
No entanto, para a realidade brasileira, a picape não é versátil para andar tanto em áreas rurais quanto urbanas, como a Chrysler defende. Ao concorrer com as picapes médias vendidas no país, ela se torna um trambolho nas estreitas faixas de ruas e avenidas, no anda e para do trânsito e, sim, nas pequenas vagas de shoppings, supermercados, ruas e, especialmente, das garagens de prédios.
No entanto, para a realidade brasileira, a picape não é versátil para andar tanto em áreas rurais quanto urbanas, como a Chrysler defende. Ao concorrer com as picapes médias vendidas no país, ela se torna um trambolho nas estreitas faixas de ruas e avenidas, no anda e para do trânsito e, sim, nas pequenas vagas de shoppings, supermercados, ruas e, especialmente, das garagens de prédios.
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