É preciso imaginar o Siena como um funcionário não muito valorizado. Quase sempre teve que esperar meses até ganhar os benefícios concedidos ao Palio; encarou alguns micos que sedã compacto nenhum gostaria de ter no currículo, como motor 1.0 com câmbio de seis marchas e até uma bizarra versão Sporting; e, exceto pelo modelo que se aposenta agora, com lanternas que remetem a carros da Alfa Romeo, nunca recebeu muita atenção dos designers. Após 14 anos de vida dura, o Siena, enfim, foi promovido.
A ascensão social, coroada com um novo nome, é resultado de dimensões maiores, mais equipamentos e, principalmente, visual distinto do do Palio, também reestilizado recentemente.
O acréscimo de 13,7 cm no entreeixos permitiu acomodação melhor no banco traseiro, que também ficou maior. Ainda que se toquem mais do que gostariam, três adultos podem viajar lá atrás – há encosto de cabeça para todos e o espaço para as pernas é decente. O Chevrolet Cobalt, no entanto, ainda é o carro a ser batido nesse quesito – assim como seu monstruoso porta-malas de 563 litros; o do Grand Siena acomoda 520 litros.
O acréscimo de 13,7 cm no entreeixos permitiu acomodação melhor no banco traseiro, que também ficou maior. Ainda que se toquem mais do que gostariam, três adultos podem viajar lá atrás – há encosto de cabeça para todos e o espaço para as pernas é decente. O Chevrolet Cobalt, no entanto, ainda é o carro a ser batido nesse quesito – assim como seu monstruoso porta-malas de 563 litros; o do Grand Siena acomoda 520 litros.
(Correção: ao ser publicada, a tabela acima informava o preço incorreto do Chevrolet Cobalt. A informação foi corrigida às 12h40)
Na parte da frente, praticamente idêntica à do Palio – afora as saídas adicionais do ar-condicionado, acima do rádio –, o Grand Siena oferece ergonomia e espaço na média dos concorrentes. Destaque para o volante, que se junta ao do Cobalt como os de melhor empunhadura. Assim como no Palio, trata-se de um habitáculo agradável, mas não especial. Queixas vão para algumas rebarbas no acabamento, que se contrapõem ao bom tecido usado nos bancos.
Na parte da frente, praticamente idêntica à do Palio – afora as saídas adicionais do ar-condicionado, acima do rádio –, o Grand Siena oferece ergonomia e espaço na média dos concorrentes. Destaque para o volante, que se junta ao do Cobalt como os de melhor empunhadura. Assim como no Palio, trata-se de um habitáculo agradável, mas não especial. Queixas vão para algumas rebarbas no acabamento, que se contrapõem ao bom tecido usado nos bancos.
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Visual evoluiu
Ainda que beleza seja um conceito subjetivo, é inegável a evolução em relação ao Siena anterior – e, principalmente, quando pensamos nos faróis gigantescos do Cobalt ou na falta de harmonia do Nissan Versa. A traseira é o ponto alto, com lanternas no tamanho certo para deixar o visual limpo e elegante. O friso cromado na base da tampa do porta-malas continua sendo um artifício para dar um status ao modelo que ele não tem, mas não chega a incomodar.
Ainda que beleza seja um conceito subjetivo, é inegável a evolução em relação ao Siena anterior – e, principalmente, quando pensamos nos faróis gigantescos do Cobalt ou na falta de harmonia do Nissan Versa. A traseira é o ponto alto, com lanternas no tamanho certo para deixar o visual limpo e elegante. O friso cromado na base da tampa do porta-malas continua sendo um artifício para dar um status ao modelo que ele não tem, mas não chega a incomodar.
Visto de frente, o Grand Siena é apenas comum, com faróis espichados muito parecidos com os do rival JAC J3 e grade que se limita a ser apenas uma mera abertura. O para-choque tenta alguma graça com as barbatanas de tubarão (perto dos faróis de neblina), mas é certo que elas não estarão mais lá na reestilização do modelo.
Um pouco por demérito dos rivais e outro tanto por mérito dele, o Grande Siena é, de longe, mais bonito que Cobalt, Versa e Logan.
Ao volante
Em test-drive de aproximadamente 20 quilômetros, sem variações de piso ou trânsito, o G1avaliou as versões Attractive 1.4 e Essence 1.6 16V Dualogic. Equipado com o motor de menor cilindrada, o Grand Siena contrariou as expectativas e mostrou boa disposição nas arrancadas e conforto de rodagem em velocidades de cruzeiro. É bom lembrar, no entanto, que o carro estava descarregado e levava apenas duas pessoas – com o porta-malas cheio e mais dois adultos no banco de trás, a história deve ser outra.
Em test-drive de aproximadamente 20 quilômetros, sem variações de piso ou trânsito, o G1avaliou as versões Attractive 1.4 e Essence 1.6 16V Dualogic. Equipado com o motor de menor cilindrada, o Grand Siena contrariou as expectativas e mostrou boa disposição nas arrancadas e conforto de rodagem em velocidades de cruzeiro. É bom lembrar, no entanto, que o carro estava descarregado e levava apenas duas pessoas – com o porta-malas cheio e mais dois adultos no banco de trás, a história deve ser outra.
Vale ressaltar o trabalho da suspensão traseira, em parte vinda do Punto, que ignorou o peso extra do porta-malas e deu ao sedã comportamento de hatch, mantendo-o firme mesmo em curvas contornadas com mais pressa.
A melhor notícia, no entanto, vem do câmbio. As trocas um tanto imprecisas e os engates com incômoda maciez ficam reservados ao antigo modelo. Com nova calibração, a transmissão agora consegue instigar o condutor, coisa que Palio e Siena nunca conseguiram em suas versões de entrada. O Siena, enfim, ficou bom de guiar.
Exceto pela versão Dualogic. Os trancos a cada passagem de marcha continuam, assim como a lerdeza do sistema em captar a intenção do motorista. O truque, ironicamente, continua sendo usar o Dualogic no modo manual – ou seja, poupa-se o pé, mas a mão direita continuará ocupada.
Se errou (feio) na estratégia do Linea, colocando-o para brigar com sedãs maiores sendo ele derivado de um compacto premium, a Fiat acertou ao promover o Siena a Grand Siena, dando-lhe ares de carro premium, mas mantendo-o no seu devido lugar.
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